Dizem que uma mesma pessoa não pode tomar mais de um banho em um mesmo rio, no campo profissional essa premissa se confirma todos os dias. Ao entrar em uma empresa aos 20 anos, uma colaboradora tem um estilo de pensar, de vida e uma ideia de carreira que será bem diferente quando chegar seu aniversário de 30 anos. Em uma década muita coisa muda. Muitos cursos foram realizados, talvez uma nova graduação, além de novas oportunidades que não surgiam quando esta colaboradora tinha seus vinte e poucos anos.
A própria empresa pode ser um fator de estagnação, gerando frustração e o desejo de conseguir algo melhor – tanto com relação aos desafios, quanto como ganhos financeiros. Tomar a decisão de mudar de emprego certamente não é uma decisão fácil, pois significa deixar um emprego estável, algo seguro para se aventurar no mundo comercial:
“É comum que muitas pessoas iniciem suas carreiras sem saber do que realmente gostam. Conforme o tempo passa, muitos profissionais se questionam se é realmente aquilo que os realiza” explica Eliane Catalano, Coordenadora de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA.
Sinais de que é hora de mudar de emprego
Os motivos são vários, não ter tido oportunidade de estudar o que gostava ou na dúvida ter escolhido uma opção entre muitas. É por isso que na trajetória laboral média das pessoas há 12 empregos diferentes. As mudanças podem ser no mesmo setor, mas há situações em que o profissional se descobre e resolve dar um salto maior, com uma volta de 180 graus decidindo optar por uma carreira diferente.
Sinais de que é hora de mudar de profissão
Estresse e cansaço
Quando o profissional sente que o trabalho o absorve mais do que deveria, criando situações de irritação e de cansaço. Quando as pessoas não se sentem confortáveis em um trabalho, é muito comum que efeitos mentais como estresse e fadiga assumam o controle:
“O trabalho não pode afetar o estado de espírito e nem atrapalhar a tranquilidade do profissional. Pode ser percebido quando há pouco descanso em casa e um esforço enorme na rotina de ir ao trabalho diariamente. É o corpo tentando dizer algo e cada profissional deve entender a mensagem e levá-la em consideração”.
Insatisfação com o salário
Condições insatisfatórias são um dos principais motivos para querer mudar de emprego, como o valor do salário insuficiente. Catalano entende como positivo querer aspirar mais pelo esforço:
“A pessoa pode ter constituído família, portanto com incremento em seus gastos enquanto o salário permanece o mesmo. Dependendo da ocasião, estamos diante de uma ótima decisão para os profissionais trilharem novos caminhos, se capacitarem em novas áreas com oportunidades diferentes”.
Condições insatisfatórias de trabalho
A insegurança produtiva pode surgir quando os profissionais passam por transições que mudam seu estilo de vida e rotina. Mesmo tendo bastante preparo e experiência, alguns profissionais sentem a pressão de não saber se terão sucesso nessa nova etapa:
“Este é um sinal muito claro de que mudanças precisam acontecer. Algumas perguntas como ‘estarei pronto?’ ou ‘vou fazer melhor do que a pessoa que estava nesta posição antes?’ alimentam inseguranças e podem levar à insatisfação e, consequentemente, um péssimo trabalho.”
Sonhar com uma nova carreira
Quando o profissional começa a pensar seriamente que deveria ter seguido outro caminho no ponto de partida, que teria escolhido outra carreira ou empresa, este é o sinal mais forte de que é preciso mudar de trabalho:
“Devemos lembrar que a vida está passando e que o trabalho ocupa grande parte dela e nunca é tarde para lutar pelos seus sonhos, se preparar e tentar dedicar o resto da carreira profissional ao que realmente traz realizações”.
Como mudar de emprego?
Chegou o momento de agir e fazer essa mudança de rumo na carreira profissional acontecer e a primeira ação deve ser localizar exatamente o que há de errado com o cargo atual: “Descobrir a origem dessa insatisfação no dia a dia envolve saber o que realmente gera motivação. Quais são os valores prioritários, quais setores e cargos a pessoa gostaria de trabalhar no futuro” completa a especialista.
