TUDO MENOS FICAR PARALISADOS ou prostrados com medo do desconhecido! Momentos de crise, momentos de dúvida acontecem com todos porque o dinheiro é assunto que pouco ou nada sabemos – afinal, quem é que teve contato com cursos de finanças pessoais desde a escola senão muito poucas pessoas? – e justamente por desconhecimento que agimos repetindo padrões ultrapassados conservadores: temos medo de investir, queremos deixar de poupar porque parece que o dinheiro está perdendo valor e ficamos carregando um fardo emocional que nos impede de criar alternativas inteligentes.
Para facilitar o entendimento do que podemos fazer nos momentos de dúvida, insegurança e medo no que diz respeito a dinheiro e sua vida profissional, aqui estão algumas providências boas para se tomar:
1. Analise como está sua vida financeira quanto a débitos – pode ser que você tenha dívidas neste momento; se não, excelente, pode ir direto para o item 2. Mesmo que não tenha como pagar nada das dívidas agora, faça uma lista atualizada de tudo que está “pendurado” e precisa ser pago: contas atrasadas, dinheiro emprestado, cheques, parcelas em aberto. Faça isso para ter clareza de como está o volume de endividamento assim poderá calcular quanto precisará fazer (tema do item 3).
2. Analise o que compõe seu patrimônio – Patrimônio é tudo aquilo que pode gerar recursos. Avalie criteriosamente o que possui e que tem a condição de ser transformado em dinheiro, desde a coleção de discos de vinil que raramente ouve (pois precisa de um toca discos e neste momento você não tem), joias quebradas que não usa, livros encostados que podem ser vendidos em sebos. Isso pode ser pouco em termos financeiros, mas compõe o que você pode considerar como um bem. Será que você ainda tem ações de empresas de telefonia, quando o setor era público? E aquela caderneta de poupança meio esquecida? Sabe quanto vale o seu carro? Faça um inventário do que possui e que pode gerar valor.
3. Pense em empreender – Se neste momento você não tenha como fazer mais dinheiro além do salário (não caia na tentação de antecipar décimo terceiro para gastar com dívidas porque vai fazer diferença no fim de ano…), então use sua criatividade com ideias capazes de gerar dinheiro: desde ser babá de fim de semana, fazer jardinagem para vizinhos, bolos caseiros, reparo de roupas, fazer sobrancelhas e tingir cabelos de amigos e conhecidos, configurar computadores e smartphones, passear com cães, fazer brigadeiros, vender em lojas nos fins de semana… Não faltam ideias capazes de produzir um dinheiro extra. Isso é empreender. Estas atividades podem tanto render recursos para amortizar dívidas quanto para investir. O importante é não ficar parado com lamentos ou queixumes.
4. Evite gente alarmista e despreparada com palpites – sempre haverá quem diga que consegue trabalhar pouco e ter ótimo resultado com pirâmides, bolões e outras formas sem qualquer controle envolvendo dinheiro fácil. Há também quem goste de semear discórdia com comentários “econômicos” sem qualquer embasamento, somente fundamentados em boatos. Se ouvir algo assim, ou mesmo gente reclamando que a vida está difícil, não caia na tentação de aumentar o coro ou de querer impor sua opinião superpositiva. Aproveite sua energia para o item 3, e empreenda. Agir mostra mais sabedoria que falar, principalmente nestes casos.
5. Fique de olho nas oportunidades – Muita gente consegue crescer em meio à crise porque foca nos segmentos que crescem em meio a dificuldades. Há nichos de mercado que tem carência de bons serviços e boas perspectivas, como os negócios ligados a envelhecimento; outro segmento crescente é a capacitação educacional por meio de ensino a distância… observe o cenário de negócios e inclusive analise o que faz e o que concorrentes tem feito. Irá encontrar oportunidades, com certeza!
6. Lembre que suas finanças são um valor e respeite isso – mesmo com dificuldades nos negócios e dinheiro, resista à tentação de culpar os outros, a economia, o governo, a família por esta situação. O líder sabe que tem de trazer para si a responsabilidade, e seu negócio, seu emprego e seu dinheiro espelham o valor que você atribui a eles. Dinheiro gosta de quem o respeita, valoriza e agradece ao invés de culpá-lo pelas mazelas sociais. O dinheiro que você tem é energia oriunda do trabalho seja seu ou dos seus antepassados – portanto digno de valor (que não é apego, são coisas bem diferentes).
A última dica é simples: mesmo em crise, saiba que tudo passa. O mundo gira, a economia movimenta todos e tudo o tempo todo. Não se envergonhe por este momento difícil mas não se acostume; não se sinta mais que os outros porque tem dinheiro hoje – tudo pode mudar. Lide com sua vida material e profissional de forma prática, franca, cordial e respeitosa: uma vida financeira próspera torna-se, certamente, aliada da sua felicidade.
Fonte: Administradores