Não seja um profissional “melhorzinho”

Você já parou para pensar por que a empresa onde você trabalha o contratou? Muitos gestores de Rh e empresários têm dificuldade de encontrar pessoas qualificadas para atuar em determinadas atividades. Certa vez, quando eu conversava com um profissional que realiza contratações em uma grande empresa, ele se queixou de um colaborador da equipe. Eu, então, perguntei: qual foi o motivo que o levou a contratar tal colaborador? Ele respondeu: “esse foi o “melhorzinho” que conseguimos selecionar”.

 

É, se pararmos para observar vamos perceber que está cheio de profissionais “melhorzinhos” nas empresas. Essa realidade é vivida em todos os segmentos, ou seja, para “tapar um buraco” e atender às demandas, as empresas acabam optando pelo profissional menos ruim que encontram.

 

Um profissional “melhorzinho” não faz algo de inovador em seu trabalho, é do tipo “profissional padrão”, um pouco melhor que os ruins. Ele é, no máximo, eficiente, mas não é eficaz. Ou seja, ter iniciativa, ser diferenciado, ou procurar as oportunidades sem esperar que elas apareçam, que nada, isso não é do seu estilo. Os “melhorzinhos” estão sempre entre os medíocres.

 

Um estudo realizado em Abril de 2013, pela Confederação Nacional da Indústria, identificou que 65% das indústrias não conseguem encontrar profissionais qualificados para as vagas disponíveis. A falta de profissionais envolve vários setores, entre eles os de engenharia, administrativo, operações, marketing, gestão e outros.

 

Voltando à pergunta do início deste artigo, será que a empresa onde você trabalha não o contratou por ser mais um profissional “melhorzinho”? Tomara que não, pois ser “melhorzinho” não o ajudará a evoluir na carreira. Essa reflexão é importante para que você avalie se não está na hora de começar a desenvolver novas competências, e agregar novos conhecimentos em sua carreira, pois esse é o caminho para quem quer ser um profissional acima da média. A falta de uma boa formação é um dos principais fatores causadores da carência de profissionais capacitados no mercado.

 

Outro problema evidente é a falta de uma cultura de formação de profissionais dentro das empresas. Parece que o conformismo com o trabalho sem qualidade é algo normal. As empresas se acomodam e vão colocando profissionais “meia boca” para trabalharem sem ter um plano de treinamento e desenvolvimento para formar os talentos. Não adianta ficar reclamando por não encontrarem profissionais gabaritados, ou esperar que as empresas de seleção e recrutamento façam milagres. É preciso desenvolver uma cultura de qualificação dentro da empresa.

 

Existem organizações que, por não encontrarem os profissionais que precisam, criam programas internos que são conduzidos por colaboradores que já se tornaram especialistas no que fazem, compartilhando o conhecimento já produzido.

 

Mas, alguns gestores e empresários ainda pensam assim: “não vou treinar os colaboradores, depois eles saem da empresa e levam o conhecimento para a concorrência”. Esse pensamento é um entrave, é melhor correr o risco de treinar os colaboradores, mesmo sabendo que podem ir para a concorrência, do que ter funcionários despreparados trabalhando na empresa.

 

Prezado leitor, reflita: se um dia você sair da empresa onde atua, como quer ser lembrado? Como profissional “melhorzinho”, ou como um profissional diferenciado que agregou valor à empresa?

 

Portanto, escolha fazer a diferença em sua profissão, fuja da acomodação. Não espere perder o emprego para só depois aprender que, com o passar do tempo, o “melhorzinho” será substituído por aquele que é ótimo no que faz.

 

 

Fonte: dicasprofissionais.com.br