O segredo de uma colaboração de sucesso

Trabalho em equipe é fundamental para o funcionamento e desenvolvimento de qualquer organização. Mas qual é a receita de times bem sucedidos? O professor Daniel McFarland, que ministra a disciplina de comportamento organizacional na Universidade de Stanford, realizou um estudo para descobrir porque os grupos se formam e porque eles continuam os mesmo ao longo dos anos.

 

A pesquisa, cujo foco foi o corpo docente de Stanford, analisou as relacionamentos profissionais estabelecidas pelos colaboradores dentro de uma empresa e mostrou que o elo entre dois ou mais funcionários se prolongam por motivos diferentes dos que desencadearam a relação.

 

Geralmente as parcerias entre colegas de trabalho se dão pela frequência com que esse indivíduos se encontram e pelas afinidades que compartilham, porém, há um outro motivo que leva os colaboradores a se associarem: o desejo de crescer profissionalmente.

 

A “tie inertia” explica o fato de tais relações não mudarem com o tempo. Isso ocorre em virtude da tendência que possuímos de priorizar aquilo com que já nos familiarizamos ao desconhecido.

 

Essa inércia tem reflexos negativos. “As pessoas tendem a se ater aos laços que formaram, para melhor ou pior”, declara McFarland. “O que significa que alguns indivíduos não recebem colaborações frutíferas, enquanto outros se tornam menos aberto a colaborações de atrativos parceiros potenciais”, completa.

 

De acordo com Daniel McFarland, a interação entre as pessoas começa pela “oportunidade e seleção de preferências” e se prolonga devido ao “sentimento de obrigação [devido ao tempo e outros recursos dedicados à relação] e experiências complementares”.

 

No entanto, esta continuidade é mais provável quando as pessoas têm domínios complementares em vez de idênticos. “No começo de um relacionamento, ser igual é sensacional, mas isso só dura por um período”, escreve o sociólogo. Quanto mais semelhanças, maior o número de sobreposições relacionadas às capacidades, conhecimentos e contatos, o que acaba prejudicando o processo criativo.

 

Junto ao Linus Dahlande, co-autor da pesquisa, McFarland descobriu que experiências positivas entre equipes complementares pode maximizar a produtividade de uma companhia, tendo em vista que times estabilizados são mais motivados e, consequentemente, mais produtivos. Além disso, a rotatividade de funcionários gera bastante despesas.

 

Uma boa maneira de aumentar a longevidade dos colaboradores é trocar os papéis dos membros de um grupo, proporcionando a descoberta de outras facetas de cada um.

 

O Google, por exemplo, para ajudar os funcionários a desenvolver novas habilidades, os encoraja a mudar de posição por três meses a um ano. Mesmo quando eles preferem voltar para o cargo de antes, regressam com mais conhecimento sobre a empresa e experiências para compartilhar com os colegas da antiga equipe.

 

Para as empresas que querem construir equipes duradouras, os pesquisadores recomendam a implantação de atividades que incentivem a confiança, a comunicação e a interdependência entre os membros dos grupos.

 

Fonte: Administradores.com

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