RH vira guardião da cultura organizacional para reter e atrair talentos

O RH brasileiro viveu em 2025 a sua maior transformação desde a chegada do eSocial: deixou de ser visto apenas como área de folha e contratação e assumiu oficialmente o papel de guardião da cultura organizacional ao menos é o que mostra dados apresentados na CONARH 2025 (25 a 27 de novembro) pela Great Place to Work que mostram que 87 % dos colaboradores brasileiros consideram a cultura da empresa o principal motivo para permanecer ou sair de um emprego,  superando salário, benefícios e plano de carreira:

“O RH não demite mais apenas por falta de competência técnica. Demite por desalinhamento cultural, por falta de relacionamento interpessoal, pela falta da inteligência emocional”, resume Karina Pelanda, gerente de recrutamento e seleção da RH NOSSA.

Durante o evento diversos gigantes trouxeram exemplos de como estão adaptando a cultura a novos tempos. Um banco criou o chamado “Cultura Squad”, com um time exclusivo para proteger os valores da empresa, e registrou turnover 40 % abaixo da média do mercado financeiro. Já a maior empresa de varejo do Brasil implantou imersão cultural obrigatória de três dias para todo novo colaborador antes do início das atividades operacionais.

“Empresas com cultura forte têm mais chances de atrair e reter talentos. Mais do que o salário, é preciso que as pessoas gostem de onde estão e do que estão fazendo. A empresa que ainda trata cultura como tema de RH secundário está perdendo a guerra por talentos antes mesmo de começar” argumenta Pelanda.

De acordo com dados do LinkedIn Workplace Culture Report, divulgado em novembro de 2025, 63 % dos candidatos já rejeitam propostas de emprego ao perceberem desalinhamento cultural ainda na fase de entrevistas.